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Uma Negação Prática da Presença e do Poder do Espírito de Deus
V. 5 – A segunda coisa que marcaria o testemunho Cristão nos últimos
dias é uma negação prática da presença e
do poder do Espírito de Deus. A grande massa professa será caracterizada como
“tendo a aparência de piedade, porém
negando o poder dela”. Exteriormente, as pessoas parecerão religiosas. Professarão
conhecer o Senhor, mas serão Cristãos apenas na aparência. Não haverá nenhuma “verdade no íntimo” (Sl 51:6). Ao viver
por interesses egoístas, o Espírito de Deus (que é “o poder” para uma vida Cristã santa – Rm 8:2) será, na prática,
negado na vida dos homens. Assim, eles terão uma aparência, mas não terão poder
na sua fachada Cristã. Não será nada além de hipocrisia vazia, que é algo
detestável para Deus.
Não só haveria uma negação do poder do Espírito na vida prática, também
haveria uma negação do poder do Espírito na ordem na assembleia. O poder no Cristianismo
para a verdadeira adoração e ministério no Cristianismo vem também por meio do
Espírito Santo (Fp 3:3; 1 Co 12:11). Todavia, a ordem clerical – que não passa
de uma invenção humana – entrou na Igreja e, na prática, substituiu o Espírito Santo.
A ordem da igreja convencional estabelece líderes humanos (os assim chamados “Pastores”
ou “Ministros”) para conduzir a adoração e dirigir o ministério, apesar de não
encontrarmos nada disso na Bíblia. É algo que já existe há séculos. No entanto,
a partir do momento em que o Espírito de Deus foi enviado a esse mundo no dia
de Pentecostes, procuramos em vão encontrar no Novo Testamento por algum
dirigente de Igreja, exceto o da soberana direção do Espírito Santo. Com Alguém
tão grande e qualificado quanto essa Pessoa divina presente no meio dos santos
congregados, porque seria necessário nomear um homem para fazer Seu trabalho,
independente de quão capacitado possa ser essa pessoa? A obra do Espírito em
liderar e guiar a assembleia na adoração e no ministério foi impedida por conta
desse arranjo humano.
A ordem
humana é tão difundida na Cristandade que pode ser vista desde a Basílica de
São Pedro em Roma até a menor capela evangélica. Ao invés dos crentes se
reunirem para adoração e ministério somente ao nome do Senhor, aguardando a
direção do Espírito para guiá-los, é difícil encontrar sequer uma reunião de
oração sem alguém nomeado para liderá-la. Nesse tipo de arranjo o Espírito
Santo é negado. Estabelecer um homem, por
mais capacitado que possa ser, para liderar e conduzir as reuniões da
assembleia, é uma negação prática da presença e do poder do Espírito Santo.
Na verdade, isso é incredulidade na capacidade do Espírito Santo de dirigir as
reuniões. Essa interferência humana pôs de lado a simplicidade da ordem de Deus
e contribuiu para a confusão na casa de Deus.
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