sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Uma Consciência Pura


Uma Consciência Pura

V. 3 – Conforme mencionado, ao enviar palavras de encorajamento a Timóteo, o Espírito de Deus, que inspirou a escrita desta carta, leva Paulo a enfatizar determinadas qualidades que serão necessárias no servo do Senhor em um tempo de ruína. A primeira coisa que ele menciona é uma “consciência pura”. É absolutamente necessário que mantenhamos uma boa consciência diante de Deus o tempo todo; nunca seremos capazes de seguir em frente sem isso.
Ter uma “consciência pura” não significa que uma pessoa nunca falha, mas que ela julga a si mesma quando falha, para que mantenha comunhão com o Senhor. É significativo que Paulo associe uma consciência pura com a oração, afirmando, “de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia”. Veja também Hebreus 13:18.
Uma boa consciência é muito importante na vida do servo do Senhor. Talvez seja por isso que o apóstolo mencione isso primeiro. Se permitimos que qualquer coisa em nossa consciência permaneça sem ser julgada, isso terá um efeito direto em nossa vida de oração. não teremos ousadia para entrar na presença de Deus e, como consequência, nossas orações irão diminuir. Nem teremos ousadia para confessar a Cristo diante dos homens. Se o servo do Senhor pretende lutar por Ele contra a onda de mal que entrou na profissão Cristã, ele precisa ser cuidadoso para ter ele mesmo uma consciência pura”. Portanto, se tivermos feito algo que seja inconsistente com o nome do Senhor, devemos julgar isso imediatamente. Por outro lado, uma “consciência pura” não significa que entendemos e andamos em toda a verdade, mas que buscamos viver de acordo com a luz que temos em relação à verdade. Assim, podemos com boa consciência estar diante de Deus e dos homens. Paulo cita como exemplo o seu próprio caso. Mesmo quando ele era bastante ignorante a respeito da revelação celestial da verdade no evangelho, ele agiu de acordo com a luz que tinha. Mesmo quando fazia parte da religião judaica, procurou manter uma boa consciência ao não permitir a si mesmo violar qualquer lei conhecida (At 23:1, 24:16; Fp 3:6). No entanto, a consciência de Paulo não estava à luz da revelação celestial do Cristianismo e ele inclusive aprovou a maldosa perseguição à Igreja. Ele não justifica seus erros aqui, mas menciona-os para mostrar que agiu com boa consciência naquilo que fez e, portanto, não era culpado de desonestidade deliberada. O propósito dele é que o servo do Senhor ande na luz que tem com toda boa consciência. Isso também mostra que a consciência não é um guia suficiente para a alma; também devemos ter a luz da verdade de Deus.

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