Ajudar
as Pessoas a se Libertar da Confusão na Casa de Deus sem Contenda
Vs. 23-26 –
Nessa posição de comunhão com “os que,
com um coração puro, invocam o Senhor”, havia muito serviço para Timóteo se
ocupar. Além de procurar ser uma bênção para aqueles com quem ele andava, ele
devia, andando no caminho estreito de separação, alcançar a todos os seus
irmãos. Isso envolveria “instruir” aqueles
que ainda estavam presos na mistura na casa, e que se opunham à verdade que
Paulo ensinou. Timóteo devia tentar libertar seus irmãos da confusão na casa
para que eles também andassem nesse caminho separado de bênção e utilidade. Este trabalho
está particularmente diante do apóstolo nos versos finais do capítulo.
Ao buscar
desvencilhar os irmãos da confusão, o servo do Senhor deve lutar pela verdade,
mas ele não deve ser contencioso. Timóteo deveria vigiar seu espírito e ser
cuidadoso para não se envolver em discussões. Ele não devia ser argumentativo. “O que ganha almas sábio é” (Pv 11:30).
Ele deveria fazer sua obra “com mansidão”
(sem ofender) porque ninguém gosta que lhe digam que está errado. Se ele
fosse “manso” e tivesse “paciência” e não “contendesse” com eles, o apóstolo diz, “Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade”.
“Arrependimento” nesse caso é ter uma mente modificada quanto àquilo
que se creu no passado e que não está de acordo com a verdade.
As pessoas
precisam ter uma mudança de mente em relação às falsas doutrinas e suas
associações eclesiásticas. É preciso haver um julgamento sobre tudo aquilo que
for errado. É isso que Deus está procurando nas almas quando elas saem da
confusão. Visto que as pessoas são naturalmente parciais quanto às suas
próprias ideias e à posição eclesiástica que eles adotaram, é muito difícil
fazê-las abrir mão de suas ideias. É preciso ter muita brandura e paciência.
Paulo diz, “e tornarem a
despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos” (v.
26). As versões King James e as de Almeida, traduzem esse verso como se Satanás
tivesse tal poder que pudesse indiscriminadamente aprisionar qualquer Cristão
que ele quisesse. A nota de rodapé da tradução de J. N. Darby indica que
Satanás não tem tanto poder assim. “Cuja
vontade” nesse verso não é a vontade de Satanás, mas sim a de Deus. A
melhor tradução para o português é “se
livrem do laço do diabo (tendo sido feitos cativos por ele), para cumprirem a
vontade de Deus” – TB. A ideia é que Satanás aprisiona pessoas que estão
enlaçadas em suas ideias erradas. E ao fazer isso, elas não têm liberdade para
fazer a vontade de Deus ao praticar toda a verdade dada por meio do apóstolo
Paulo.
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