Coragem
V. 7 – Timóteo aparentemente era um homem tímido
e um pouco reservado (1 Co 16:10-11). Paulo agora se refere a essa fraqueza e
procura ajudá-lo a superá-la. Ele diz “Porque
Deus não nos deu o espírito de temor [covardia – AIBB], mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. Devemos ser tão
destemidos quanto um leão na defesa da verdade. No entanto, se o servo estiver
cheio de medo e timidez, podemos estar certos de que esse não é o espírito que
Deus dá, pois Ele não dá “o espírito de
temor [covardia – AIBB]”.
Paulo lembra Timóteo que quando Deus dá a alguém um dom para ministrar
Sua Palavra, Ele também dá três
outras coisas que lhe permitirão superar qualquer fraqueza que ele possa ter,
como o medo, por exemplo. Junto com o dom Ele dá o espírito de “poder” para exercitá-lo. Poder não é
exatamente um dom, mas sim aquilo que o Espírito de Deus produz no indivíduo e
que lhe capacita a usar seus dons com eficiência. Evidentemente, é preciso
estar em uma condição de alma correta para perceber esse poder. Ele não estará
presente em um indivíduo a menos que ele esteja caminhando em dependência de
Deus. Aqui reside um problema comum em muitas assembleias atualmente. O dom
está presente, mas muitos que podem possuir um dom para ministrar a Palavra,
não têm o exercício espiritual para usá-lo, então ele permanece adormecido. A
consequência disso é que a assembleia como um todo acaba sofrendo.
Outra coisa que Deus dá juntamente com um dom espiritual é “amor”. Os dons devem ser exercitados
em amor (1 Co 13:1-3). A negligência para com nossos dons pode ser atribuída à
uma falta de amor pelas almas. Mas se o amor genuíno pelas almas predominar em nós,
buscaremos seu bem e bênção e seremos compelidos a exercitar nossos dons da
maneira que pudermos para ajudá-los. Precisamos tirar nossos olhos das nossas
fraquezas e olhar com compaixão para as almas que precisam desesperadamente de
ajuda. Amor por elas nos ajudará a superar nossas inibições pessoais e alcançar
as almas.
Então, Deus também dá “sábio discernimento” – JND. Isso é sabedoria em como exercitar nossos dons. O servo pode
ter falta de sabedoria em seu ministério e estragar o bem que ele poderia ter
realizado. Precisamos saber quando falar e o que dizer para que possamos
edificar os santos na santíssima fé e não para os demolir. Felizmente, Deus
fornece essa sabedoria – se estivermos andando em comunhão com Ele. Essas três
coisas: poder, amor e sábio discernimento são dados por Deus para nos ajudar a
superar o medo e a timidez na esfera do serviço. O inimigo de nossa alma
utilizará o medo para nos impedir de exercitar nossos dons, mas se houver um exercício
profundo e fé para confiar no Senhor,
poderemos superar essa fraqueza. Paulo podia dizer “nós cremos também; por isso, também
falamos” (2 Co 4:13).
Paulo estava se referindo à necessidade de termos ousadia para expor a verdade
na presença de inimigos. Porém, muitas vezes ficamos com medo de expor a
verdade quando estamos na presença de nossos próprios irmãos que nos amam!
Alguns têm uma grande dificuldade em contribuir com algum comentário útil
durante uma reunião de leitura Bíblica, e isso não é bom. Ter um irmão, que
poderia ser uma ajuda, calado durante as reuniões da assembleia é a última
coisa que precisamos atualmente. A assembleia estará sendo privada ajuda e
alimento se “o espírito de temor
[covardia]” prevalecer entre nós.
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