sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O CENÁRIO– Um Dia de Ruína e Fracasso


O CENÁRIO– Um Dia de Ruína e Fracasso

Na primeira epístola a Timóteo, Paulo instruiu os crentes quanto à conduta correta de adequada à ordem casa de Deus. Nessa segunda epístola, ele nos instrui sobre como devemos nos portar quando as coisas na casa de Deus caírem em desordem. O que se destaca na segunda epístola é que haveria um declínio espiritual generalizado no testemunho Cristão nos últimos dias, e haveria necessidade de sabedoria para como se conduzir em tais tempos.
Essa epístola foi escrita para encorajar Timóteo a servir em um tempo difícil quando a massa na profissão Cristã estava abandonando Paulo e sua doutrina (2 Tm 1:15). Alerta os crentes quanto ao caráter progressivo da corrupção na Cristandade, que culminaria nos últimos dias quando haveria um abandono generalizado da verdade de Deus. Ela antevê um tempo de ruína e fracasso completos no testemunho Cristão (2 Tm 3:1-8, 4:3-4). Ao mesmo tempo, traça cuidadosamente o caminho em que o fiel deve andar em tempos assim.
Na primeira epístola, a massa de Cristãos é vista como desejando corresponder à suas responsabilidades em manter a ordem na casa de Deus, embora alguns indivíduos tenham provado ser falhos (1 Tm 1:20, 4:1 “alguns”). Na segunda epístola, é o oposto. Ela vê a massa de Cristãos como tendo falhado (2 Tm 1:15), e apenas alguns indivíduos permanecem fiéis à sua profissão (2 Tm 1:16-18, 4:11).
O que aconteceu na história da Igreja é previsto nessa epístola. Paulo compara a ruína do testemunho Cristão a uma “grande casa” que está cheia de desordem e contaminação (2 Tm 2:20). Na verdade, o início desse abandono já era perceptível quando Paulo escreveu a Timóteo. O Próprio Senhor predisse esse tempo de fracasso e decadência públicos nas parábolas de Mateus 13. Ele disse que quando as coisas fossem entregues nas mãos dos homens no tempo de Sua ausência, o “inimigo” (Satanás) introduziria “joio” (pessoas más), “aves” (espíritos malignos), e “fermento” (más doutrinas). Ao olharmos para a história da profissão Cristã, vemos que isso de fato aconteceu. Os emissários de Satanás agiram por meio de agentes humanos para subverter a verdade de Deus nos corações dos homens. Muita corrupção e desordem foram introduzidas naquilo que leva o nome de Cristo.
É significativo que não há nenhuma promessa nesta epístola (ou em qualquer outra parte da Escritura) de uma recuperação do testemunho Cristão após ele ter caído nesse estado corrompido. Pelo contrário, o apóstolo disse a Timóteo que as coisas iriam de mal a pior (2 Tm 3:13). Ele não podia esperar para ver uma restauração à glória anterior da Igreja como encontrada nos primeiros capítulos de Atos, quando todos estavam cheios do Espírito, e todos viviam juntos em feliz unidade, e havia sinais do poder do Espírito. Apocalipse 2-3 revela que a história da Igreja na Terra terminará com uma triste nota de brutal indiferença às reivindicações de Cristo. Não apenas o apóstolo seria rejeitado, como mencionado nesta epístola (2 Tm 1:15), mas o Próprio Senhor seria deixado de fora! (Ap 3:20) Em geral é isso o que acontece atualmente.
Essa condição de brutal abandono da verdade continuará até o Senhor voltar e levar cada um dos crentes verdadeiros do meio da massa de crentes professos (1 Ts 4:15-18). Com esse panorama sombrio diante do apóstolo, ele procura encorajar Timóteo a continuar no serviço ao Senhor. O tema da epístola, portanto, é a responsabilidade individual no serviço em um tempo de fracasso coletivo.

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